domingo, 18 de outubro de 2009

Evo e Chávez desafiam Obama: honre o Nobel e liberte Cuba

Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez, desafiaram neste sábado (17) o chefe de Estado americano, Barack Obama, a fazer por merecer o Nobel da Paz recém-conquistado. Como? Suspendendo o criminoso bloqueio econômico imposto a Cuba.
Tanto Evo como Chávez — que participam da 7ª Cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) — disseram que os Estados Unidos deveriam suspender o bloqueio, imposto em 1962. “Obama não merece (o Nobel). É preciso ver o que acontece nos próximos anos. Veremos se ele o merece", afirmou Chávez.

Já Evo Morales desafiou Obama a suspender o bloqueio contra Cuba e lembrou que, em 28 de outubro, as Nações Unidas votarão a favor ou contra da continuidade da medida. “Só dois países rejeitam a suspensão do bloqueio econômico: Israel e Estados Unidos. Obama tem que cumprir este mandato do mundo e suspender o embargo econômico. Ele tem dois caminhos: se submeter ao mundo ou se submeter a Israel”, afirmou Evo.

Os países da Alba aprovaram neste sábado uma declaração contra o bloqueio econômico e comercial dos Estados Unidos a Cuba durante a cúpula que acontece na cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia. Chávez foi além e acusou a Casa Branca de querer transformar a Colômbia “na Israel da América Latina”, por utilizar bases colombianas para uso militar.

“Pretendem transformar a irmã Colômbia na Israel da América Latina. É a pretensão do império. Sete bases, nada mais. É uma ameaça para todos nós”, disse Chávez, em discurso na Cúpula da Alba. O líder bolivariano é um dos críticos mais veementes do uso de bases militares por parte dos Estados Unidos.

Crítico também da política militar de Israel em relação aos palestinos — que conta com o apoio de Washington —, Chávez aproveitou o tema das bases colombianas para questionar a inusitada premiação a Obama. “É preciso lembrar que o dono do Prêmio Nobel da Paz está abrindo sete bases na Colômbia”, afirmou o mandatário venezuelano, mencionando ainda o reforço das tropas americanas no Afeganistão, com o envio de 13 mil homens.

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